Botox

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Dr. André Horácio

O uso de Botox na prática clínica

Oferecemos tratamento com Toxina Botulínica tipo A (TBA) em nossa clínica e vamos escrever um pouco sobre o assunto. Hoje, o uso da TBA é cada vez mais frequente e tem muitas indicações clínicas.

Sua história remonta as intoxicações por esta toxina produzida por um microorganismo – Clostridium botulinum, o que acontecia frequentemente em ambiente anaeróbio, como enlatados de salsicha, cujo nome em latim botulus, veio dar nome a toxina e ao “botulismo”, sua manifestação clínica que tem como principal manifestação o “tétano”. Com o aprimoramento das técnicas de higiene, essas contaminações foram diminuindo, mas até hoje temos a vacinação antitetânica.

Nos períodos de guerra, em especial a primeira e segunda grandes guerras, a toxina foi utilizada como arma química, sendo posteriormente proibido pela ONU. Somente recentemente tivemos o inicio do uso da toxina bulinínica na medicina.

Sabemos que o que difundiu o nome BOTOX foi o seu pioneirismo, pois foi a primeira TBA desenvolvida para uso clínico, na década de 1980, pelo oftalmologista Alan Scott na Universidade da Califórnia, primeiro para estrabismo e depois para distonias, que são movimentos anormais em torção, mais comum no pescoço (distonia cervical), mas também em outras partes do corpo, como a face, gerando alterações de mímica e estética.

A medicina estética percebeu os benefícios do BOTOX há alguns anos e difundiu ao extremo o uso do mesmo para dirimir as linhas de expressão em geral consequência normal da idade.

A busca pela juventude, aliás, vem alimentando uma “indústria de estética”, crescente e ávida por clientes.

Usamos a Toxina botulínica com fins terapêuticos na neurologia para diversas indicações e ótimos resultados em:

  • Enxaqueca;
  • Sialorréia (salivação excessiva);
  • Hiperidrose;
  • Distonias;
  • Distonias orofaciais como Bruxismo;
  • Espasticidade, como a hemiplegia espástica, que é tão comum entre os sequelados de acidente vascular cerebral (AVC);
  • Espasmos musculares anormais e involuntários como espasmo hemifacial, entre outras.

Certamente, para nossas pacientes, podemos fazer uso estético do BOTOX, em geral complementando tratamentos clínicos.

Como temos praticado o uso desse inestimável recurso há mais de 17 anos, aprendido com um dos pioneiros do uso da mesma no Brasil (Dr Mauro Gomes Araújo), posteriormente aprimorado em diversos cursos, inclusive com cirurgiões plásticos renomados e práticas em cadáver.

Certamente nos preocupa o uso indiscriminado na atualidade. O mal uso da TBA, muitas vezes por profissionais ou aventureiros inexperientes, oferece riscos, assim como toda prática médica sem a devida expertise.

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